Apesar da repressão, estudantes não desistem de seu direito de manifestação
Passadas 3 semanas, os protestos contra a tarifa do transporte coletivo continuam em Florianópolis, com uma reação cada vez mais truculenta da polÃcia militar, que com prisões arbitrárias e violência ameaça o direito de manifestação,
buscando com isso acabar com o movimento.
Neste relato busco mostrar um pouco do tenso momento vivido na cidade nestas última semanas por aqueles e aquelas que lutam pela revogação do aumento da tarifa e por um transporte público e de qualidade.
Na sexta dia 21/05 foram presos dois manifestantes e um reporter do grupo RBS.
Em uma clara ameaça a liberdade de imprensa o jornalista foi algemado, teve a camisa rasgada pelos policiais e foi colocado em um camburão onde permaneceu por cerca de uma hora, o jornalista acusa um policial de agredi-lo um com cassetete no pescoço. Um repórter fotográfico do
mesmo grupo, afirma que teve a lente da câmera quebrada por um policial.
Cartas de repúdio foram apresentadas pelo jornal em que os
profissionais trabalhavam.
Pelo Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina:
E pela Frente de Luta pelo Transporte Público de Florianópolis:
Se com os veÃculos da grande mÃdia houve repressão, imaginem com a imprensa independente, representada
por dezenas de manifestantes que com suas cameras registram aquilo que não aparece na TV e nos jornais da cidade.
Chegamos ao absurdo de ver declarações como estas (no instante 1:20 do vÃdeo abaixo), do tenente-coronel Newton Ranlow, conhecido repressor dos movimentos sociais da cidade:
Além do cerceamento a liberdade de imprensa, a PM é responsável por dezenas de prisões arbitrárias.
Na terça 25/05, quatro manifestantes foram detidos.
Na quarta dia 26/05 houve uma bicicletada, um carro da Patrulha de Policiamento Tático (PPT) passou por cima da roda da bicicleta de um dos manifestantes, os policiais ainda agrediram verbalmente e fisicamente(com choques) os manifestantes.
Roda da bicicleta danificada por viatura
Na quinta no dia 27/05 houve uma grande manifestação na cidade, extremamente violenta, onde um ônibus da PM
levou seis manifestantes presos para a delegacia. Dois deles eram menores.
O último ato de desrespeito a democracia ocorreu ontem, quando a PM invadiu a UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina) e prendeu 6 manifestantes, lembrando que uma universidade pública é inviolável, e a polÃcia só pode ter acesso com permissão do reitor.
Estudantes Presos com violência pela PM na UDESC
A instituição emitiu nota oficial, repudiando a ação violenta da policia:
Um vÃdeo que resume muito bem a truculência desta ação da PM na UDESC, não deixando margem a interpretações dúbias:
Até o dia que este relato foi publicado, foram realizadas 25 detenções pela PM, todos foram liberados, dois tendo que pagar fiança.
Lembrando que nesta quarta, as 17h está marcada mais uma manifestação no centro da cidade, acompanhem e ajudem a divulgar oque está ocorrendo nesta cidade sem leis.
Mais informações sobre os protestos em:
http://lataofloripa.libertar.org
http://twitter.com/lataofloripa
http://www.sarcastico.com.br
http://radiotarrafa.libertar.org
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